De te fabula narratur

Quid rides? Mutato nomine, de te fabula narratur

Por que ris? A anedota fala de ti, só que com outro nome

(Sátiras, Horácio)

Mais um blog, mais uma tentativa.

Àqueles que me conhecem já sabem de várias vezes que eu comecei (e não progredi) escrevendo um blog. Blogs grandiosos, veja bem. Mas blogs grandiosos escritos estritamente a outrem, para outras pessoas. Talvez ai resida o problema da continuidade.

Ou talvez porque eu tenha uma infinidade de interesses, o que significa uma baixíssima disponibilidade de manter o foco, de falar do mesmo assunto ao longo do tempo. Dito assim agora é lógico, mas é o tipo das instruções básicas da vida que só vem com a dolorosa experiência.

A presente tentativa, no entanto, tenta seguir o lema estampado no nome do blog: de te fabula, ou em português moderno, “seja autobiográfico”. Pode soar meio estranha essa tradução, mas a questão de fazer uma coisa interessante a si mesmo é uma das premissas básicas do sucesso de qualquer projeto de software livre. A imensa maioria desses projetos começa bem pessoal mesmo: resolvendo um problema do próprio autor.

Fica então a pergunta: que problema eu pretendo resolver aqui? Por um lado a repetição, de (re)insistir o mesmo assunto com novas pessoas. Por outro, a obscuridade (publique ou pereça!). Mas o principal, talvez por ser o mais imperativo, é justamente o momento de uma boa discussão, que vira um grande aprendizado, que por fim viram grandes lições (ou pelo menos grandes sacadas).

E elas que pretendo compartilhar aqui. De assuntos variados, sim. Sem foco, muito provavelmente. Mas ainda preferindo a desorganização ao esquecimento. E bola para frente!